Pingas Nordestinas
Pitú
História
A Pitú é uma empresa 100% pernambucana, fundada em 1938 na cidade de Vitória de Santo Antão, pelos senhores Joel Cândido Carneiro, Severino Ferrer de Morais e José Ferrer de Morais. No início, trabalhava com a fabricação de vinagre e bebidas à base de maracujá e jenipapo, além do engarrafamento de aguardente. Em 1948, com o ritmo de crescimento acelerado, a empresa ganhou o nome de Engarrafamento Pitú LTDA.
O diretor presidente, senhor Elmo Cândido Carneiro, conta que existem duas versões para a escolha do nome Pitú para a empresa. Uma delas faz referência ao nome Engenho Pitú, propriedade da família em Vitória de Santo Antão, onde existiam muitos pitus, os camarões de água doce, que eram usados como tira-gosto das reuniões para beber aguardente no engenho. A outra versão fala da cana-pitu, um tipo de cana-de-açúcar dos engenhos da mata norte. A partir de 1530, no começo da colonização do Brasil, apareceram os primeiros esforços de produção açucareira. O processo de plantio e processamento da cana já era conhecido pelos Portugueses e condições climáticas favoreciam a instalação de unidades produtoras nas regiões litorâneas. Na fabricação do açúcar, era realizada a colheita da cana e depois de feito o esmagamento do caule, o caldo era cozinhado em tachos até sua transformação em melaço. Nesse processo de cozimento também era produzido um caldo mais grosso, chamado cagaça que era comumente usado na alimentação de animais. A fermentação da cagaça pela ação do tempo e do clima produzia um produto líquido com alto teor alcoólico.
Dessa forma pode-se pensar que foram os animais de carga, dentre outros, que experimentaram pela primeira vez a cachaça, sabe-se também que macacos se embriagavam nas florestas africanas após comerem frutas fermentadas que colhiam no chão após sua queda. Outra curiosidade é a origem do termo pinga, para se referir à cachaça. Conta-se que o melaço envelhecido era misturado ao melaço fabricado no dia seguinte e o álcool presente evaporava e formavam gotas no teto do engenho. Na medida em que o líquido ia pingando os escravos experimentavam a bebida. Ainda nesse processo o álcool acabava por cair nas costas dos escravos, que por conta de punições e castigos físicos, sentiam um ardor nas costas criando assim a palavra “aguardente”. Essa seria uma possível explicação para o surgimento dessa bebida tipicamente brasileira.
Etimologia
Pitú – Camarão de água doce. Os camarões de água doce, que eram usados como tira-gosto das reuniões para beber aguardente no engenho.
Onde Encontrar
Lugares autorizados para sua comercialização, sendo os mais comuns budegas e bares.
Aparência
O primeiro rótulo foi criado pelo amigo dos fundadores, o desenhista e apreciador de cachaça Henrique de Holanda Cavalcanti. O rótulo foi desenhado com giz de cera em cima de um papelão. Cachaça de aparência branca, com rótulo nas cores preta, vermelha e amarela. Símbolo do camarão vermelho. Seu nome também é apresentado em vermelho. Sua tampa é amarela.
Teor Alcoólico
Sua graduação alcoólica é de 40%.
Valor médio
Até R$ 20,00 por garrafa.